HOMENS DE A a Z
Por mais que se diga ou escreva, parece que o homem não consegue compreender a mulher em sua abrangência, nem ela a cândida simplicidade masculina. Desconfio que exista um firme e grandioso propósito para que seja mesmo assim. Assim mesmo, prossigo com empenho no encalço do entendimento mínimo, reconhecidamente tarefa de Sísifo. Quem sabe um dia chego lá? Um primeiro passo é tentar que elas, mais inteligentes, nos conheçam. Segue umas pistas:
A ‒ Amigos: temos e cultivamos, gerando despeito em algumas esposas. Amigas, também temos, mas aí é um pouco mais complexo.
Por mais que se diga ou escreva, parece que o homem não consegue compreender a mulher em sua abrangência, nem ela a cândida simplicidade masculina. Desconfio que exista um firme e grandioso propósito para que seja mesmo assim. Assim mesmo, prossigo com empenho no encalço do entendimento mínimo, reconhecidamente tarefa de Sísifo. Quem sabe um dia chego lá? Um primeiro passo é tentar que elas, mais inteligentes, nos conheçam. Segue umas pistas:
A ‒ Amigos: temos e cultivamos, gerando despeito em algumas esposas. Amigas, também temos, mas aí é um pouco mais complexo.
B ‒ Bigode: real ou metafórico, todo homem tem o seu para honrar. Ou desonrar.
C ‒ Calvície: tema que, ironicamente, jamais abandona nossa cabeça.
D ‒ Dólares: nosso botox, nosso silicone, nosso esmalte, chapinha ou tintura. Beleza e juventude no melhor papel (moeda).
E ‒ Esporte: no Brasil, principalmente futebol. Nossa batalha civilizada. Nosso descarrego, assunto, válvula de escape. Tudo de bom!
F ‒ Força: o último baluarte da masculinidade. O cume e, ao mesmo tempo, a raiz da árvore. Medindo, usando ou abdicando, sejamos sempre fortes.
G ‒ Gol! Assim, só isso. E precisa algo mais?
H ‒ Herói: não importa a natureza da batalha, perseguimos tal epíteto.
I ‒ Infância: de onde jamais saímos. Também, ou por isso, para onde nunca conseguimos retornar.
J ‒ Janete: minha primeira professora. Outros homens podem ter a sua em outra letra, mas na mesma intenção.
K ‒ Kilt: precisa ser muito homem para vestir esse (ul) traje!
L ‒ Navalha, faca, espada, canivete: homem que é homem domina uma lâmina.
M ‒ Mulher: razão primeira de nossa existência. Nem por isso consensual.
N ‒ Nunca! Prerrogativa que nos cabe. Podem espernear.
O ‒ Óbvios: é quase sempre o que somos, raros momentos de exceção. Nem bom nem mau ‒ simples assim.
P ‒ Pênis: morram de inveja! (Obrigado, Freud!)
Q ‒ Queda: o melhor momento para se conhecer um homem.
R ‒ Riso: solto, livre, contagiante. De si, do outro, da vida. Rir é o que o bom homem faz até mesmo quando falta alternativa.
S ‒ Silêncio...
T ‒ Trabalho: como diz o poeta Gonzaga Jr., sem ele, se morre, se mata.
U ‒ Último (chope): a maior mentira já dita, ouvida e repetida em uma mesa de bar.
V ‒ Volkswagen, Ford, Chevrolet, Fiat, BMW, Mercedes Benz, Toyota, Renault, Honda etc.
X ‒ XX ou XY: uma das poucas coisas que definimos no momento mais importante da vida ‒ o da renovação.
Z ‒ Zangão: macho da abelha, grande e inútil. Nosso destino, caso não haja uma nova consciência diante do avanço das mulheres.
4 comentários:
Oba!!! Comecei bem a sexta-feira com esta crônica
Forte coisa, Rubem, (como se dizia no tempo dos escravos)E tu achas que a gente já não conhece todo este alfabeto? Para nós, mulheres, não é novidade. Talvez para alguns de vocês, sim. Ainda bem que reconheces:o homem nunca deixa de ser criança, só troca de brinquedos. Por essa razão, de vez em quando não faz mal levar um puxão de orelhas.
Poti,
Melhor ainda é se terminar a sexta-feira ainda melhor!!!
Grato, Rubem
Jussara,
Somos crianças para merecer beijos e homens para comprar brinquedos mais caros!!!
Gratidão, Rubem
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