31.10.12
Coluna do Metro Porto Alegre 31.10.2012
25.10.12
Radical ou moderado?
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24.10.12
Coluna do Metro Porto Alegre em 24.10.2012
19.10.12
Duas oportunidades para a Santa Sede
De costas para o novo
Número 495
Rubem Penz
Hoje, dentro de um ônibus, sentei-me outra vez num daqueles bancos que ficam de costas para a dianteira do veículo. Não são muitos os que oferecem essa possibilidade, por isso aproveito sempre que posso. Assim é (ou deveria ser) a vida de cronista: sempre que o destino lhe dá uma chance, é bom olhar a cena cotidiana por outro ângulo.
Para quem ainda não experimentou, descrevo algumas sensações, a começar pelas físicas: quando o ônibus freia e todos se projetam para frente, quem está de costas cola no banco. E, ao contrário, ao acelerar, é você quem precisará segurar o corpo. Além disso, os demais passageiros estarão mais preparados para as mudanças bruscas de direção (quebra de esquina ou desvios), enquanto você gozará de inúmeras surpresas, sacudindo um pouco mais para os lados.
Há também diferenças que muito me aprazem: na posição convencional, passo o tempo inteiro visando cocurutos. Cocurutos ruivos, morenos e grisalhos. Lisos, crespos, pixains. No máximo, vemos um perfil ou dois, quando há passageiros conversando ou olhando para fora da janela. Já no banco invertido, não. Fico olhando para os rostos dos companheiros de viagem. Saberei se é bonita a loirinha que entrou no recente ponto, medirei o belo sorriso da mulata, ficarei comovido com a candura de uma criança no colo da avó. Os marmanjos são paisagens fora do foco, claro.
Quando a linha em que estou atravessa grandes avenidas, e elas estão pouco movimentadas, o motorista costuma ficar menos prudente, pisando fundo. É o momento em que quem está de costas parece ser aquela câmera que filma a montanha russa: todos com cara de espanto ou apreensão. Divertido. E, na freada mais brusca, o medo transparece, para logo guiar os olhos em busca da explicação para a manobra.
Por falar em filmagem, se acontecer o deslocamento no fim de tarde, a vista da janela me leva de volta para a obra Koyaanisqatsi, cuja trilha sonora de Philip Glass poderia embalar qualquer uma de nossas entrópicas metrópoles. Quando de manhã, na cálida luz de um sol ameno, sou transportado para a infância: proponho a mim jogos como os de contar quantas mulheres vestem saias nos carros que nos ultrapassam, quem tamborila música no volante, quais transbordam o tédio pelo para-brisa.
Hoje, quando sentei de costas para a dianteira do ônibus, me perdi nos óculos escuros de uma bela moça, bem diante de mim. Em determinado momento, ao seu lado, esteve uma jovem mãe que ofereceu o seio ao filho. No mesmo banco que eu, uma senhora reclamou bastante daquela posição invertida em que estávamos. Apenas respondi que gostava, e pensei: que outro lugar me daria vista mais afável? Ela praguejou um pouco mais e mudou de lugar, ficando lá, de frente para mim e de costas para o novo.
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17.10.12
Achado não é roubado
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Coluna do Metro Porto Alegre em 17.10.2012
12.10.12
Ditador em pele de democrata
Número 494
Rubem Penz
Quisera fosse simples assim: um ditador governa em período de ditadura e um democrata em tempos de democracia. Então, bastaria saber se num lugar existem eleições livres (diretas ou indiretas) para reconhecer que espécie de mandatário define os rumos da sociedade. Ao menos no campo político, é claro. E nem preciso entrar no mérito ideológico, pois ditaduras de direita ou de esquerda são, na essência, regimes de força. Mas nada é simples.
Eleger-se pelo voto faz de alguém um democrata? Provavelmente, mas não é certo que sim. A eleição, toda eleição, é uma aposta, um cheque em branco. Depois, dependendo de como o vencedor lida com o poder, suas atitudes podem transformá-lo num perfeito ditador. Toda comunidade corre o risco de eleger um desses, inebriada por discursos bem montados e promessas falaciosas.
A primeira nuance que diferencia um democrata de um ditador em tempos de democracia é a noção de comando: quem está a serviço de quem. Os democratas reconhecem que contraíram uma dívida a ser amortizada durante o mandato. Comprometeram-se com um plano de governo, com um viés ideológico, com metas a serem cumpridas ou, ao menos, perseguidas. Enfim, mais obedecem.
Os ditadores, não: sentem-se ungidos pelo divino voto e elevados ao patamar supremo. Do alto, prendem e deixam fugir, decretam e revogam, fazem e acontecem. Os fins justificam os meios e, no fim, o justo é o que eles pensam ser assim. O contraditório fica esquecido na gaveta, ou é varrido pelos garis junto com os restos mortais da campanha. Enfim, mais mandam.
Mas, nem é isso o que mais distingue um ditador e um democrata. É o apego. Todo ditador eleito sublima o fato de ser ele um temporário. Quer ficar. Então, desde os primeiros momentos, enfraquece os adversários e se cerca de caudatários. Qualquer ser pensante deve estar longe. O menor senso crítico deve ser abafado. Toda discórdia será traição. Enquanto isso, o verdadeiro democrata mede sua influência e, pensando no legado, cedo prepara a sucessão.
Empresas privadas, mesmo as constituídas por uma sociedade limitada, podem ser comandadas por ditadores ou por democratas – sem urnas, mas ao estilo. Os diretores que centralizam as decisões, que promovem medíocres e colocam suas melhores mentes no cabresto são ditadores. Por outro lado, quem tem facilidade de formar colegiados e grupos de trabalho, delega e cobra com o mesmo respeito com que aceita críticas. E, claro, sabe que não será eterno. Por isso, comanda democraticamente.
Acabamos de passar por mais um teste das urnas. Tomara que a sensibilidade coletiva tenha conseguido diminuir o domínio dos ditadores e fortalecer a instância dos democratas, afastando os lobos em peles de cordeiro. Poder existe para ser repartido e domado, jamais concentrado e desmedido. Erros e acertos acontecem em todos os governos. Humildade, apenas em alguns.
Boa sorte aos eleitores. Boa sorte aos eleitos!
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10.10.12
Coluna do Metro Porto Alegre em 10.10.2012
5.10.12
Titanic
Número 493
Rubem Penz
Falsa paz submarina. Jaz entre os corais,
num barco submerso, o que não confesso.
Fátima Guedes
Ao deixarem o cais, quando da derradeira viagem, já formavam um casal tendendo à decomposição. Apodreciam por dentro, pelas vísceras do amor – nunca nada esteve exposto à flor da pele. Mas havia outros sentimentos em jogo. Integridade. Quase uma fleuma. Só sofriam em suas companhias. A sós, por sua vez – ou cada um por si –, resgatavam a alegria que nunca perderam.
Por isso tanta frieza, pose, paciência. Mar do Norte. Sem gelar os corpos, sem solidão ou silêncio, o processo de putrefação iria até o ponto de toda carne estar fétida. Hálito de cemitério, falência dupla, múltipla, explícita. Eles sofriam de um câncer anímico. Célula matando célula em consumo interno. Conservados. Abaixo do zero.
Falíveis, falharam. Está a folhas tantas do diário de bordo, página que nem buscam encontrar. Mas podem. Lá consta e a caligrafia denuncia. Repartir culpas já não consola. Desejá-las apenas para si não elucidaria nada, principalmente quando as explicações perderam a faculdade do resgate individual ou mútuo. Denunciar o outro, enfim, ou desfilar o rosário de queixas, afoga a razão.
E tudo é razoável, mesmo fora do plano. Futuro? Passo... Amargo, caro, intransferível. A memória muito sonega porque poucos sobreviveriam a uma minuciosa auditoria. Promissórias para um horizonte pouco alvissareiro. Iceberg. Mas o saldo em Celsius negativo suspende as promessas pré-datadas. Uma saída é buscar a recíproca dádiva: perdoarem-se a dívida. (A)moratória.
Uma força insuspeitada mantém de pé o castelo de cartas em meio ao naufrágio. Estranho equilíbrio entre passado e presente. De um lado, ouro e copas. De outro, espadas e paus. E pedras, fim do caminho. Boiam os restos de tocos. Poucos. Sozinhos? Não: irmanados por uma consciência pesada leve. Liquidez. Fundo pedido.
Por dentro tudo se precipita. De fora parece lento. É de se supor: um transatlântico não vai a pique de repente. A orquestra não parou. Nem todos estão a salvo. Nem tudo está perdido. Já foram os anéis, conta-se com os dedos. Dado momento, dão-se as mãos. Irmãos. Daqui a pouco darão adeus. O desejo não mais respira, afogado nos porões. Descartada a esperança boca a boca.
Frio. Manter-se frio. Levar-se a salvo, salva-vidas. O que há de carente ficará pelo caminho, desde que no tempo certo. Dor suportável. Era. Homens ao mar! O sempre se foi para sempre ser.
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3.10.12
Coluna Metro Porto Alegre em 03.10.2012
28.9.12
Sílabas não são gametas
Número 492
Rubem Penz
É muito comum ao olhar para uma criança vermos a testa do pai combinada com o queixo da mãe, a orelha da avó e o sorriso da tia. Ou, em certos casos, olhos amendoados em inspiração oriental e, ao mesmo tempo, claros como só o ocidente produz. Ainda mais bacana: ser fisicamente parecida com a mãe, mas herdar o gênio do pai. É o que acontece quando os gametas geram uma nova vida, colhendo rastros do passado ao mesmo tempo em que seguem novos caminhos.
Por isso, gastamos nosso charme escolhendo parceiras bonitas (na verdade, sendo escolhidos por elas). A lógica é: se ela assenta com meu gosto, essa combinação funcionará bem com a prole. Porém, a mesma sorte não apresentam os nomes próprios. Pais inspirados na união semântica para compor a alcunha dos filhos correm o risco de compor aberrações, tudo muito bem intencionado. Sílabas, por mais que se queira forçar a relação, não casam necessariamente.
Se o garboso Mário resolve combinar seu nome com a amada Otília, pode nascer a Marília. Lindo, não? Mas, em nova gravidez, pode vir um Otário, quem sabe uma Matília – ou ambos, se forem gêmeos. Que perigo! Quando a bela Denise escolhe como par seu querido Marcos, a filha pode ganhar o exótico, mas ainda bem decente nome de Marise. Porém, um escorregão na criatividade e ela pare uma Marquise. Ou um Demarcos: basta uma apóstrofe e vira nome de restaurante...
Pois esse espírito de criatividade baseado em combinações parece ter incorporado na FIFA. O pessoal já sinalizava certo afã em surpreender quando desprezou as araras, papagaios, saguis ou tucanos – olha que perigo! – para ser o animalzinho símbolo da Copa do Mundo. Nada que fosse fácil e direto como um Brasil lindo e trigueiro cantado em imagens exuberantes por todas as agências de turismo do planeta pareceria correto. Daí vem o Tatu Bola que, vá lá, traz a gorduchinha na própria alcunha. Já me acostumei.
Porém, combinar conceitos em forma de sílabas de palavras como ecologia, júbilo, amizade, azul ou amarelo para formar o nome do mascote foi demais. E deu no que deu: Amijubi, Fuleco e Zuzeco. Enquanto nos Cartórios Civis de Registros de Pessoas Naturais já existe uma orientação para evitar o futuro vexame com Zigomires, Airtomélias, Lupolenos, Anastélios (ou qualquer esquisitice que pretenda representar a união dos pais para além da genética), na FIFA esse bom senso nem foi cogitado.
Há quem tente evitar o pior. Outros dizem que a entidade já registrou os três nomes em todo o mundo para garantir o ganho monetário. Enfim, pouco ou nada adianta eu protestar – o filho não é meu e não tenho nada com isso. Mas, depois, se o pobre Tatu Bola sofrer bulliyng, não foi por falta de aviso!
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26.9.12
Coluna do Metro Porto Alegre em 26.09.2012
21.9.12
As lições de um hematoma
Número 491
Rubem Penz
Ler uma entrevista do Prof. Dr. Luiz Roberto Rigolin na Folha de São Paulo foi uma experiência de regressão: visitei minha vida passada de educador físico. E nem precisei mudar de encarnação, apenas voltar algumas profissões atrás. Na matéria do jornal, Rigolin defende que "estamos criando analfabetos motores". O termo é forte – talvez de propósito –, ainda que, para alguns casos, bastante adequado.
Sua tese recai sobre as crianças de classe média alta e alta, as quais perdem a oportunidade de desenvolver em plenitude seu potencial motor ao não experimentar determinados movimentos no tempo certo. Afinal, do mesmo modo com que capacidades cognitivas são adquiridas em etapas do desenvolvimento, a competência gestual também depende de estímulos múltiplos, adequados e pontuais.
Essa responsabilidade pode ser dividida entre vários culpados. Um deles é o medo: crianças não brincam mais nas ruas, livres para subir em árvores, atirar pedras, competir em brincadeiras como as de pegar ou jogos artesanais, escalar telhados, fabricar seus apetrechos ou lutar. Antes que alguém fique chocado, pergunte aos avós se não era essa a rotina fora da escola. Hoje, isso só acontece em zonas periféricas, e olhe lá. A violência ameaça crianças longe da tutela dos pais ou cuidadores.
Outro responsável é o excesso de zelo. Filhos de lares abastados parecem feitos com esqueleto de cristal, pele de porcelana e confiança delgada como a casca do ovo. Um bibelô cuja menor fissura pode significar a demissão da babá, um processo contra a escola, um drama desproporcional na família ou acusações mútuas em casos de pais separados. Enquanto isso, num passado recente, eu e meus contemporâneos nos esfolamos, nos quebramos (inclusive os dentes) e nos cortamos, entre outros traumas mais ou menos graves. E a consequência foi, ainda, ficar de castigo.
Por fim, ainda temos a confusão entre a educação física e o esporte. Cabe ao profissional alertar que são conceitos diferentes, ainda que complementares. Um desenvolve capacidades gerais, a famosa inteligência motora. Do mesmo modo como é mais fácil aprender uma terceira língua depois da segunda, é mais rápido reproduzir novos fundamentos quando se encontra relações com experiências motoras conhecidas. Depois, quando há um claro pendor (ou desejo), será o momento de se tornar especialista num só esporte. Com vantagens.
Os pais precisam ficar em alerta para o risco do tal analfabetismo motor. Isso influencia da inteligência à autoestima. Mais tarde, a vida real cobrará essa conta. Vida real? – pergunta alguém. Sim! Pois os avatares dessa turminha são ágeis, habilidosos, valentes, fortes, equilibrados, espertos e mortais. Tudo o que gostávamos de ser fora dos videogames.
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19.9.12
Coluna do Metro Porto Alegre em 19.09.2012
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14.9.12
Dou voltas e Caio
Número 490
Rubem Penz
Foram tantas voltas feitas que deixei para escrever a crônica em cima do laço, na véspera, depois dos 40 do segundo tempo. Não é meu hábito, contudo a semana foi especialmente corrida, temperada com algumas novidades – entre elas uma pequena viagem e a interinidade para comentários sobre literatura numa importante emissora FM (BandNews). Nada do outro mundo, mas atividades que demandaram uma concentração mais apurada pelo caráter inaugural. E esse texto foi ficando para depois, para daqui a pouco, para agora. Quase que para ontem.
Porém, como sou alguém de muita sorte – o que jamais dispensa boas doses de juízo –, calhou de estar lendo um livro de crônicas recém-lançado, que folheio pelas bordas para não queimar a alma. Mais: decidi falar sobre ele na rádio, aguçando os sentidos para oferecer algo mais consistente do que o número de páginas ao ouvinte. Melhor: o autor estaria completando 64 anos durante a semana (em 12 de setembro), elevando a escolha ao patamar de efeméride. Perfeito: interrompi a leitura no exato instante em que o grande escritor queixa-se da urgência do gênero, cujo espaço no jornal aguarda nossas palavras.
Estou falando de Caio Fernando Abreu, autor gaúcho de envergadura universal, e seu A vida gritando nos cantos (Ed. Nova Fronteira, 2012). A obra é uma compilação de crônicas publicadas originalmente no O Estado de São Paulo, entre 1986 e 1996, textos galgando o suporte livro pela primeira vez. Uma publicação encorpada que talvez merecesse melhor cuidado em termos de artes gráficas – não que esteja ruim, apenas faria jus a mais. Para não deixar essa parte em todo desmerecida, a fonte escolhida – Brioni – é de confortabilíssima leitura.
De tudo de bom que se possa falar da prosa de Caio F., quero destacar sua virtude enquanto cronista: ele tem o dom de nos transformar em seus amigos achegados. Quase confidentes. Sua construção epistolar e intimista faz sumir o fato de que escrevia para milhares de leitores – parece que somos dois a trocar segredos, que o mundo inexiste. E olha que sequer o conheci em pessoa. De uma linha para outra, falando de si, comentando as angústias do cotidiano paulista dos anos 1980, desconfio que ele saiba de mim também. Muito impressionante. Quase mágico (palavrinha gasta, mas foi a que veio no momento e preciso terminar a crônica).
O título do livro – A vida gritando nos cantos – é um fragmento da crônica Querem acabar comigo, página 90. Nela, ele confessa a dificuldade em oferecer um bom texto ao leitor, uma produção de valor estimável, descrevendo um pouco de sua rotina. Adorei constatar (novamente) que não sou o único a sofrer a dor necessária para que a obra valha o investimento de quem se dispõe a nos acompanhar semanalmente.
Obrigado, Caio: se não bastasse a ótima literatura, você caiu como uma luva para salvar meu prazo!
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12.9.12
Coluna do Metro Porto Alegre em 12.09.2012
10.9.12
Oficinas com inscrições abetras
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6.9.12
Acordos para acordar
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5.9.12
Coluna do jornal Metro 05.09.2012
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